Viagem de Estudo a Lisboa


O Aladino e o Pavilhão do Conhecimento

Os alunos do 1º ciclo do Externato Menino Jesus realizaram, no passado dia 7 de fevereiro, uma visita de estudo a Lisboa.

As visitas de estudo a outras cidades e que implicam deslocações rodoviárias são sempre esperadas com ansiedade por pais e alunos. As crianças esperam ansiosamente a hora de embarcar no autocarro. Os pais, por sua vez, ficam cheios de preocupações. Afinal, os filhos vão estar longe durante muito tempo, num contexto que não controlam e que tem mais riscos do que o ambiente escolar.

O dia começou mal. Ainda sem iniciarmos a marcha, e já com todos os alunos sentados no interior dos veículos, fomos informados da necessidade de trocarmos um dos autocarros. A porta da bagageira esquerda não fecha – dizem-nos. As mochilas podem cair durante a marcha. Nada a fazer! A troca é imperativa.

Iniciamos a marcha com destino à garagem da empresa rodoviária, mas subitamente, ainda na cidade de Faro, dizem-nos: – A porta fechou com os solavancos. Podemos seguir para Lisboa. Utilizaremos a porta do lado direito.

O entusiasmo das crianças era evidente. Uns cantavam, outros jogavam jogos, mandavam bilhetinhos e conversavam. O normal e desejável nesta ocasião. Alguns experienciavam andar de autocarro pela primeira vez.

Os passeios/visitas contribuem para tornar as aprendizagens mais estimulantes e enriquecedoras. Permitem conhecer lugares interessantes, divertidos e principalmente ampliar a bagagem cultural e desenvolver a capacidade de apreciar manifestações artísticas e científicas. Constroem-se novas memórias e aprendizagens mais cimentadas. Estreitam-se os laços entre alunos, professores e auxiliares, e favorecem-se as relações de convivência e de empatia entre todos.

A primeira paragem faz-se na estação de serviço de Grândola. O plano inicial previa a paragem em Aljustrel para o lanche da manhã, e idas à casa de banho. Porém, em resultado de obras a decorrer – em Aljustrel – surgiu a necessidade de efetuarmos mais 30 minutos de marcha. Várias crianças já reclamavam a necessidade de ida urgente à casa de banho.

O lanche da manhã decorre sem sobressaltos no interior da estação de serviço da autoestrada. A ida à casa de banho, com um efetivo de 96 crianças, é demorada e exige muito acompanhamento, em especial das crianças mais novas. Lá fora o frio da manhã fazia-se sentir de forma intensa. Várias contagens dos nossos meninos servem para nos assegurarmos que não falta ninguém. O conforto e a certeza que as contagens nos dão levam-nos a realizá-las inúmeras vezes ao longo do dia.

Retomamos a viagem. Filme na televisão do autocarro e a excitação inicial desvanece. Pequenos grupos com interesses comuns e que resultam da proximidade de uns e outros formam-se no interior do autocarro.

O trânsito em Lisboa é tremendo e inesperado para a hora do dia. Às 10h30 já não devia haver um acumulado de trânsito muito significativo. Mas há!. 20 minutos parados nas portagens da ponte 25 de Abril e outros 20 para chegarmos aos Restauradores. Vamos chegar atrasados. Já não há como evitar! Telefonámos para o Politeama. Dizem-nos para não nos preocuparmos. Vão esperar por nós!

Como sempre, somos acompanhados pela Policia de Segurança Pública. Chegamos ao Politeama. Instalamo-nos. O espetáculo começa!

O espetáculo é fiel à versão original. O musical combina teatro, música, bailado, circo e magia, com a mais avançada tecnologia que permite, através de um ecrã gigante de “videowall“, criar a terceira dimensão nos cenários. Somos rapidamente levados para uma viagem de encantar até ao Oriente. Olhamos para as caras das nossas crianças. O que observamos permite-nos logo concluir que a viagem “já valeu a pena”.

Aladino ensina-nos a ser corajosos, persistentes no alcançar dos nossos sonhos. A poesia e a filosofia de vida do Aladino torna-nos mais humanos e mais felizes. A mensagem de Aladino ensina-nos que é em nós que reside a força, a vontade de conseguirmos ultrapassar os desafios e nos superarmos. As interpretações musicais são incrivelmente cativantes. O cenário criado absorve a atenção de todos.

O espetáculo termina. Mais uma ida coletiva às casas de banho, desta vez do Politeama. Após as contagens obrigatórias, embarcamos outra vez nos autocarros. Chegámos ao Parque das Nações para logo descobrir que o “nosso” jardim, onde pretendíamos almoçar e disponibilizar um período de pausa e brincadeira às crianças, está vedado. Encontramos outro espaço num jardim próximo. Não é igual ao “nosso”, mas cumpre. Almoçamos. As crianças brincam. Correm, jogam às escondidas e conversam dentro do perímetro de segurança definido. Alguns meninos querem jogar à bola. Não podem. O espaço não permite.

 

14h30 – Dirigimo-nos para o Pavilhão do conhecimento.  Visitámos as exposições “Dóing” e “Angry Birds”.

Dóing – Foi assinalável o envolvimento e a concentração dos nossos alunos. É um espaço para criar, construir, partilhar e onde as experiências da tentativa e erro se conjugam de forma divertida e inspiradora. Noutra área da mesma exposição realizámos atividades que nos fazem pensar com as mãos. Os desafios foram diversos: explorar circuitos elétricos, construir aviões de papel e testar a sua aerodinâmica, criar percursos para que um berlinde se desloque entre dois pontos e muitos outros desafios.

Angry Birds – aborda temas da Biologia e da Física. Fisgas gigantes e mega estruturas  são desafios perfeitos para os mais aventureiros. Todos, os que quiseram, puderam realizar slide e escalada em segurança e muitas vezes ao som de gritos de excitação.

O dia ainda não tinha acabado. O regresso inicia-se pelas 17h. Lanche ajantarado às 18h30m na estação de serviço de Grândola e chegada ao Colégio às 20h40m.

De visitas desta natureza há aspetos que valorizamos e procuramos consolidar junto das nossas crianças: A curiosidade, o respeito pelas opiniões dos colegas, a atenção dada às explicações e indicações dos professores/adultos, o envolvimento nas tarefas/atividades, a responsabilização pelos papéis atribuídos, o respeito pelas regras e a formulação de questões pertinentes. Queremos, no entanto, que se divirtam, observem e relacionem.

Depois de um dia exigente para adultos e crianças, é com satisfação que observamos os objetivos plenamente atingidos e, em consequência, crianças cansadas e felizes.

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