Aprender com a família.


Sala dos 5 anos.

As escolas devem fomentar estratégias que promovam uma aproximação das famílias à escola. Os pais devem acompanhar o quotidiano dos seus educandos e cabe à escola permitir momentos de envolvimento parental na escola. O projeto “Aprender com a família” pretende uma articulação e complementaridade com as familias, na abordagem de conteúdos úteis e que valorizem as aprendizagens. O gosto pelas aprendizagens e a valorização dos conhecimentos é um elemento central na relação do aluno com a escola.

Avó da Inês – A avó da Inês contou-nos uma bela história sobre “A lagartinha muito comilona”. A história é recomendada pelo Plano Nacional de Leitura e permite abordar e perceber o conceito de metamorfose nos insetos.

“…À luz da Lua, um pequenino ovo descansava numa folha. Num domingo de manhã o sol quente chegou e “PLOC”!…, de dentro do ovo saiu uma lagartinha magra e esfomeada…”

No final, os alunos da sala dos 5 anos realizaram desenhos sobre as diversas fases da metamorfose da borboleta. Aprenderam e divertiram-se com uma aula diferente.

Mãe da Laura – A mãe da Laura confecionou, na sala da aula, dois salames. Um de chocolate e outro de alfarroba. Os dois salames permitiram perceber as diferenças de paladar (entre o chocolate e a alfarroba) e explorar os conteúdos nutricionais e as vantagens da alfarroba como elemento valioso da nossa culinária e da indústria alimentar.

A Alfarroba, foi em tempos, um alimento de particular importância, nomeadamente no sul de Portugal, onde ainda faz parte do receituário da doçaria tradicional, apesar de quase já não ser usada. As suas sementes semelhantes a favas, mas de tom castanho, são de alto valor nutritivo. As sementes podem ser trituradas e usadas em substituição do cacau (sucedâneo do chocolate). Na indústria alimentar é usada com estabilizador e agente escurecedor.

Enquanto o cacau possui até 23% de gordura e 5% de açúcar, a alfarroba possui 0,7% de gordura e um alto teor de açúcares naturais (sacarose, glicose e frutose), em torno de 38 a 45%. Contém vitamina B1- colaboradora para o bom funcionamento do sistema nervoso, músculos, coração e melhoria da atitude mental e do raciocínio – tanto quanto o espargo ou morango, a mesma quantidade de niacina (mantém a boa condição da pele) do feijão fava, lentilha e ervilha. Tem mais vitamina A – que é essencial para o crescimento dos ossos e dentes, vitalidade da pele e saúde da visão – do que a beringela, o espargo e a beterraba. Possui ainda alto teor de vitamina B2 (responsável por extrair energia de gorduras, proteínas e carboidratos no nosso corpo), cálcio, magnésio e ferro, bem como um correto balanceamento de potássio e sódio.

 A alfarroba não possui qualquer agente estimulante, tal como a cafeína presente no cacau. Embora apresente um alto teor de açúcares possui um baixo conteúdo calórico devido à quantidade quase imperceptível de gorduras e alta quantidade de fibras naturais.
Foi uma aula diferente, muito doce, e onde se percebeu as vantagens da alfarroba na nossa alimentação.
Mãe da Gabriela – A mãe da Gabriela  deu-nos uma aula sobre a importância de ler e contar histórias.  O hábito de ouvir histórias torna-se uma maneira importante de construção do conhecimento, mesmo antes de saber ler. É de ouvi-las que se treina a relação com o mundo, fazendo do momento de contar, recontar, inventar e ouvir o estímulo para manter viva a importância da leitura. A criança que, desde muito cedo, entrar em contacto com obras literárias terá uma compreensão muito maior de si e do outro, e tem a oportunidade de desenvolver o seu potencial criativo e ampliar seus horizontes de cultura e do conhecimento.
Ouvir ler permite a ampliação do vocabulário da criança e a construção de novos significados, contribui indubitavelmente para aumentar os seus conhecimentos sobre todos os aspetos da língua.
A literatura infantil deveria estar presente na vida da criança da mesma forma que os alimentos saudáveis, pois ambos cooperam para um desenvolvimento equilibrado. Um é o alimento para seu desenvolvimento físico e o outro para o desenvolvimento intelectual e afetivo.
Na sala de aula realizamos exercícios para aquecer a voz. Descobrimos o prazer de (re)inventar histórias a partir de vários desenhos, que serviram de suporta à efabulação e à imaginação. A imaginação também se treina. Ela é a matéria prima dos sonhos.
Mãe da Leonor – A mãe da Leonor foi a nossa professora numa aula sobre a alimentação e hábitos alimentares saudáveis e equilibrados, que são fundamentais para garantir a saúde, o crescimento e o desenvolvimento equilibrado das crianças. Uma alimentação saudável permite prevenir doenças e evita deficiências nutricionais. Alguns erros e más escolhas prejudicam a formação de hábitos alimentares saudáveis e podem favorecer o aparecimento de doenças, ainda na infância, como obesidade, pressão alta e diabetes.
Projectámos slides que exploraram os seguintes temas:
• O que é uma alimentação saudável.
• Porque se deve fazer uma alimentação saudável?.
• Como fazer uma alimentação saudável?.
• Regras para uma alimentação saudável.

Percebemos que uma alimentação saudável não é uma alimentação restritiva, sem sabor e complicada. Pelo contrário! Uma alimentação saudável tem de ser completa, variada e equilibrada em que todos os alimentos necessários para o nosso dia-a-dia estão presentes…Aprendemos e divertimo-nos!!!!

Mãe do João – A mãe do João contou-nos a história do Nabo Gigante. O Nabo Gigante, um conto original russo, recolhido por Alexis Tolstoi no séc. XIX, tem os ingredientes de um conto popular verdadeiramente hilariante, pensado para crianças com menos de 6 anos e para todos os que se iniciam no mundo da leitura. Acompanha as atribulações de um simpático casal de velhinhos e de um grande, enorme, gigantesco Nabo……

Contar histórias é determinante, uma vez que para além de ajudar na formação das crianças, estimula-as a tornarem-se leitores. Abre-lhes simultaneamente o caminho para um mundo infinito de descobertas, e de compreensão do mesmo”.

Realizámos um desenho sobre a história e decorámos uma régua que auxiliou o recontar da história. Foi mais uma aula diferente e muito divertida.

Mãe da Beatriz T. – A mãe da Beatriz explicou-nos como funciona um parque aquático e, sobretudo, quais os cuidados a ter num parque aquático. Foi uma aula cheia de oportunidade. Estamos no Verão e, certamente, muitos de nós iremos, com as nossas famílias, a parques aquáticos. Agora já conhecemos os perigos e como os evitar. Cumprir as regras é sempre importante e mais seguro. Queremo-nos divertir muito, mas sempre em segurança.

Mãe da Beatriz B. – Ouvimos um conto fantástico que captou a nossa atenção. Fez-nos imaginar e sonhar com outras realidades.

“O conto é um instrumento rico, aberto e pertencente a todos como objetivo cultural, capaz de abrir novas dimensões na nossa vida imaginária. O conto por si só já possui um valor terapêutico, pois permite à criança tratar de uma forma lúdica, aberta e não ameaçadora, assuntos, que de outra maneira poderiam ser difíceis de tratar. O conto desenvolve a capacidade de simbolizar, de criar, de fantasiar, servindo, por isso mesmo, de modelo de prevenção de comportamentos e de estabilidade emocional.”

Mãe da Joana – Com a mãe da Joana percebemos o que faz uma advogada, onde trabalha e a importância da profissão. Percebemos que veste um vestido especial para ir trabalhar (a toga), que existe um livro muito importante com as leis (código civil), e que não há justiça sem advogados. Vestimos a toga e divertimo-nos muito. Aprendemos sobre uma profissão que não conhecíamos bem.

O termo Advogado provém do latim, “ad vocatus”, que significa aquele que foi chamado para socorrer outro perante a justiça, significa também patrono, ou defensor.

Mãe do Raul – Tratámos de uma forma imaginativa e muito entusiasmante uma dificuldade que todas as crianças têm de ultrapassar: “aprender a atar os cordões”. Para as crianças até aos 5 anos atar os cordões é difícil e exigente do ponto de vista da coordenação motora. O segredo para os ensinar a atar, de forma correta, os sapatos é sempre optar por ensinamentos que lhes prendam a atenção e ao mesmo tempo os guiem de forma fácil a seguir os passos necessários. Não se deve forçar a criança a aprender, tudo leva tempo e eles têm de o querer fazer. Têm de sentir essa necessidade.

A utilização de cartolinas (com a forma do sapato) e de lacinhos ajudaram e entusiasmaram todos os alunos. Depois da aula, e nos dias seguintes, os sapatinhos dos alunos da sala dos 5 anos andaram sempre impecavelmente atados. Resultou!!

Mãe da Diana – Realizámos, nesta aula, uma gincana. O jogo da gincana proporciona aos alunos momentos de diversão, através de atividades motivadoras que incentivam o trabalho em equipe e o respeito mútuo.
Permite desenvolver nas crianças a capacidade de organizar estratégias, a fim de potencializar o raciocínio lógico e cognitivo. Mais uma aula diferente e muito divertida!!

 

Ver fotos das diferentes aulas.